REPELENTES: COMO ESCOLHER O REPELENTE ADEQUADO PARA CADA NECESSIDADE?

Repelente é toda substância de origem química ou natural que aplicada sobre a pele, roupas ou superfície, repelem os mosquitos destas superfícies.
A maioria dos repelentes são eficazes contra pernilongos, mosquitos da dengue, borrachudos e muriçocas. Mas no mercado varejista há uma variedade de marcas e tipos de repelentes que torna a hora da escolha uma tarefa difícil. As apresentações mais conhecidas são as loções, sprays, aerossóis e géis.
As apresentações gel, loção, spray e aerossol são escolhas que se referem ao tipo de pele do usuário. Os géis são indicados para peles oleosas. As loções são opções para quem tema a pele menos hidratada. Já os sprays e aerossóis são práticos de passar e podem ser aplicados inclusive sobre roupas. Homem com muito pelo costumam preferir os sprays e aerossóis.
É importante que seja observado nos rótulos a concentração do ingrediente ativo de cada repelente e sua faixa etária. As principais substâncias utilizadas para afastar os insetos são:
DEET ( N,N-dietil-meta-toluamida)
Óleo de citronela
Óleo de soja
Icaridina
Entre outras.
As apresentações com base de óleos de ervas, frutas cítricas, citronela, coco, soja, eucalipto, cedro e hortelã, entre outros são os mais antigos repelentes conhecidos. Mas por serem altamente voláteis, tem efeito de curta duração. É importante observar se os repelentes são registrados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
De acordo com a Resolução RDC n°19, de 10 de Abril 2013 que estabelece requisitos técnicos mínimos relativos à segurança, à eficácia e a rotulagem para concessão de registro de produtos cosméticos repelentes de insetos.
No art. 5° informa que o uso de produtos repelentes que contenham o ingrediente ativo DEET não é permitido em crianças menores de 2 (dois) anos de idade, apenas na faixa etária de 2 (dois) a 12 (doze) anos de idade, desde que a concentração do ingrediente ativo não ultrapasse a 10%, restringindo a no máximo três aplicações diárias. São permitidas as formulações contendo DEET, em concentrações superiores a 30% para pessoas com idade superior a 12 anos, levando-se em consideração a frequência das aplicações.
Na rotulagem de todos os produtos repelentes deverá constar, obrigatoriamente o tempo para reaplicação do produto, o ingrediente ativo e sua concentração.
Os diretores da Anvisa em reunião pública no mês de Abril de 2013 aprovaram o novo regulamento para estes produtos, uma das mudanças será em relação a rotulagem do produto, que não poderá utilizar imagens e figuras de apelo infantil, mesmo os indicados para uso infantil.
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA O USO DE REPELENTES:
Leia o rótulo antes de aplicar o produto;
Aplique o produto conforme instruções do fabricante;
Mantenha o repelente fora do alcance de crianças;
Evite o uso próximo de mucosas (mucosa, nariz, olhos e genitais) ou em pele irritada ou ferida;
Para aplicação no rosto é recomendado aplicar o produto nas mãos e então espalhe no rosto com cuidado;
Após aplicação do produto sempre lave as mãos;
Não use por baixo de roupas;
Se precisar utilizar protetor solar, aplique-o meia de 20 à 40 minutos antes de aplicar o repelente. De forma geral, o uso consecutivo de repelentes e filtros solares interfere na eficiência um do outro e de forma ideal, não devem ser empregados juntos;
Evite aplicar o produto nas mãos das crianças;
Antes de aplicar o produto, faça o “teste do toque”: aplique uma quantidade pequena do produto na parte anterior do antebraço, se após 12 horas não aparecer nenhuma reação adversa, utilize o produto.
Se suspeitar de qualquer reação ou intoxicação, lave a área exposta e entre em contato com o serviço de intoxicação. Se for o caso, procure orientação médica e leve a embalagem do repelente.
Para uso durante a gravidez e amamentação, consulte um médico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RANG, H. P. ; DALE, M. M. ; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J. Farmacologia. Rio de Janeiro. 7. ed. Elsevier, 2012.
GILMAN, Alfred Goodman. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. McGraw-Hill, 2004.
DEF – Dicionário de especialidades farmacêuticas. EPUC, 2012.
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em 10 Abril 2013.
Guia de remédios. 11. Ed. Editora Escala, 2012/2013.